TRANSTORNOS DA APRENDIZAGEM

Segundo a 5ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), é um transtorno do neurodesenvolvimento, de origem biológica que influencia a capacidade do cérebro para perceber e processar com eficiência as informações verbais e não verbais, não explicadas por dificuldades intelectuais, de acuidade auditiva e visual, transtornos mentais e psicossociais. Tais dificuldades são persistentes e não transitórias. Um dos seguintes sinais esteve presente por mais de 6 meses, apesar da intervenção específica: - leitura de palavras imprecisa, lenta e/ou que requer esforço; - dificuldade para compreender o significado do material escrito; - dificuldade de grafia; - dificuldade de escrever (p. ex. vários erros gramaticais e de pontuação;ideias não expressas claramente); - dificuldade para dominar o sentido numérico ( em crianças maiores, dificuldade de fazer cálculos simples); - dificuldade de raciocinar matematicamente ( conceitos matemáticos para resolver problemas). DISLEXIA De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), a definição atual de dislexia, segundo a tradução e adaptação do Annals of Dyslexia (v. 53, 2003): Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica. É caracterizada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e por dificuldade na habilidade de decodificação e soletração. Essas dificuldades resultam tipicamente do déficit no componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a outras habilidades cognitivas consideradas na faixa etária (Nico e Souza, 2012). Acomete entre 10 e 15% da população mundial, ela é congênita e de ordem neurológica Transtornos de Aprendizagem DISGRAFIA, DISORTOGRAFIA, DISCALCULIA DISGRAFIA Traços irregulares, muita lentidão ao escrever, pressão acentuada, ou muito leve, não há muita pesquisa validada no Brasil. Há uma prevalência de 2,5% a 3% de crianças em idade escolar com esse transtorno. Deve persistir por mais de 6 meses, tem que haver avaliação clínica, existem testes específicos, no Brasil temos a Escala Disgrafia (Lorenzoni 1993). O que se percebe na DISGRAFIA é o traçado das letras, criança com disgrafia geralmente tem problemas com o esquema corporal, cai muito, é “estabanado”, tem dificuldades em identificar lateralidade, a escrita é muito lenta, ilegível. Tem traços irregulares, espaçamentos pequenos e grandes Observar: Como a criança pega o lápis? Está sentada adequadamente na cadeira? Cai sobre um braço, escrevendo sem tônus com a outra mão? Enxerga bem? Intervenções Estimulação na Ed. Infantil, uso do lápis, brincadeiras com giz, pintar, colar, recortar. Sempre ressaltar as qualidades, sempre elogiar, se há erro procurar auxiliar e não criticar apenas. Deve-se iniciar pela coordenação motora global, para depois iniciar a coordenação motora fina e depois o caderno. Pode ajudar, mas com as cobranças sobre fazer certo, pode ser um sofrimento para a criança. Treino de caligrafia resolve? Não. A letra cursiva precisa de habilidades apuradas para uma escrita satisfatória. Enfatizar a expressão oral nas avaliações; Encorajar outras formas de expressão, fazer desenhos, artes. Escrever bilhetes para um amigo, uma palavra do texto, um recado para outro professor; Pode ser usada apenas a letra de forma, que é muito mais simples; Pode-se usar colas que deixam uma barreira para o contorno de desenhos. TRANSTORNO NA EXPRESSÃO ESCRITA Dificuldade para escrever corretamente, psicólogo, fonoaudiólogos, psicopedagogo, com uso de testes métricos para entender. Percebe-se nos primeiros anos de Idade, e persiste por mais de 6 meses; Geralmente não se faz no 1º, 2º ano, 3º ano, geralmente ao final do 3º ano começa-se a investigação pensando em DISORTOGRAFIA. Dificilmente haverá DISLEXIA, sem DISORTOGRAFIA, é muito difícil quem tem dificuldade na leitura, não ter a dificuldade na escrita. Mas é possível ter apenas DISORTOGRAFIA, ter apenas dificuldade para escrever. Na disortografia há trocas de letras, omissão de grafemas, versão de sílabas. DISCALCULIA É um dos transtornos menos conhecidos, geralmente é mal falada a matemática, mas a mesma está presente desde cedo, o tempo todo. Há pessoas que não permaneceram na escola e lidam bem com o sistema monetário. Lidamos todo o tempo com isso, quando escondemos um objeto e depois o vemos de volta, sabemos que ele voltou, sentimos a falta dele, mas é a noção da quantidade. Se dissermos para uma criança escolher entre 5 cédulas de 2 reais e uma cédula de 100 reais a crianças escolherá as 5 cédulas, achamos engraçado mas a criança fez um cálculo do que tem mais. Então a noção da matemática é inata. Deve haver o ensino adequado da matemática, trabalhar com material concreto, intervém-se tem todo o apoio, e persiste por mais de 6 meses, começa-se pensar em DISCALCULIA. É uma condição hereditária, geralmente não tem diagnóstico, mas tem a queixa. Não tem deficiência intelectual, mas as dificuldades matemáticas persistem Percebe-se desde pequeno, tem instrução escolar adequada, não tem autismo associado, é algo intrínseco. Atraso do desempenho para a idade, Exemplo: A criança tem 10 anos, mas só consegue contar de 1 a 20. Vai até a dezena, mas na centena, não consegue mais. Se perde mesmo com apoio do material concreto. ir do objeto para o desenho e depois para o abstrato. OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM, SÃO MINIMIZADOS COM AS INTERVENÇÕES, MAS ELE VAI PERSISTIR. NÃO HÁ CURA, HÁ ADAPTAÇÃO DE ATIVIDADES.

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